Mais Notícias : Dilma faz milagre
Enviado por alexandre em 24/11/2014 11:35:38

Milagre

Elio Gaspari

 Com jeito de quem não quer nada, a doutora Dilma congelou o projeto do trem bala, estimulado durante o governo de Nosso Guia. Antes que o BNDES mostrasse que a primeira proposta era fantasia em estado puro, a ideia chegou a encantá-la.

Se a coisa tivesse andado, acabaria num escandalo bilionário, parecido com o da Petrobras. Custaria no mínimo R$ 35 bilhões e já custou perto de R$ 70 milhões com nuvens, papéis e burocracia. Em benefício das grandes empreiteiras, foram elas quem pisaram no freio.

O primeiro comissário encarregado do projeto, José Francisco das Neves, ou 'Doutor Juquinha', passou alguns dias na cadeia em 2012, por conta de outros malfeitos.


Futuro em jogo

O processo decisório vacilante de Marina Silva paralisou a criação da Rede.Guilherme Leal, da Natura, e até a filha Mayara são contra a criação do partido já. Acham que é preciso esperar o primeiro semestre de 2015, aguardar insatisfações em outras siglas e, aí sim, montar um partido com maior representatividade.

Já a militância da Rede quer a criação do partido já no primeiro bimestre do ano que vem.

Marina não decidiu, mas já deixou claro que não pretende submergir como depois da disputa presidencial de 2010. Isso inclui participar mais ativamente das eleições municipais daqui a dois anos.

 Em 2007, então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque recebeu a gravação de uma conversa na qual executivos de empreiteiras combinavam preços para participar de uma concorrência realizada por sua área. “Isso não prova nada”, reagiu o executivo, descartando o áudio. Por cautela, o Jurídico da estatal achou melhor encaminhar a fita ao Ministério Público Federal. Onde, pelo visto, também não lhe deram importância. A informação é de Ricardo Boechat, na revista IstoÉ.

Ao decidir abrir um processo administrativo contra Renato Duque, na quarta-feira 20, a Comissão de Ética Pública da Presidência mudou o paradigma. Passou a cobrar respostas dos ocupantes de altos cargos comissionados antes da formalização de denúncia ao órgão e do fim do processo criminal na Justiça. Um passo adiante também dará a CEP, presidida pelo advogado Américo Lacombe, quando vier a cruzar bases de dados oficiais para descobrir se houve variação significativa no patrimônio de algum burocrata, durante exercício da função – e dele cobrar explicações.

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