A renúncia do então Deputado Federal do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) Natan Donadon, criou uma disputa de bastidores entre PMDB e PSC (Partido Social Cristão) para definir quem ficaria com a vaga do ex-deputado nos últimos meses de mandato.
Ao final das eleições de 2006 que elegeu Natan Donadon para a Câmara Federal, Agnaldo Muniz então candidato a vaga no legislativo federal pelo PMDB de Natan, ficou como primeiro suplente, deixando João da Muleta na segunda suplência do partido.
Natan Donadon, que já vinha sofrendo com vários processos antes mesmo de conseguir vencer a eleição, após assumir o mandato permaneceu no cargo por três anos e nove meses, renunciando no ultimo dia 27 de outubro de 2010, momentos antes de ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por desvio de recursos na Assembléia Legislativa de Rondônia. Em nota emitida pela assessoria de Natan no dia da renúncia, ele deixava claro que saía para deixar o restante do mandato nas mãos de Agnaldo Muniz.
O fato é que Agnaldo Muniz já não pertence ao PMDB, inclusive na ultima eleição disputou uma vaga ao Senado pelo PSC, portanto de acordo com a lei da fidelidade partidária não poderia assumir a vaga deixada por Natan. Seguindo essa normativa o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a vaga deixada pelo deputado renunciado ficaria com o PMDB, ou seja, já que o primeiro suplente já não é do partido, a vaga fica com o segundo suplente, João da Muleta.