Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 17/07/2014 23:26:15

Resenha política

Robson Oliveira

 

Emendas

Nos bastidores da política local é fácil ouvir relatos escabrosos em relação à utilização irregular da emendas parlamentares. Meses atrás o Ministério Público Estadual desvendou no município de Ouro Preto do Oeste o fio condutor dos malfeitos com os recursos estaduais oriundos de emendas previamente combinadas com parlamentares. Ao aprofundar as investigações o MP descobriu que a farra das emendas era muito maior do que se imaginava e com as digitais dos respectivos subscritores da verba.

 

Farra

Muitos dos responsáveis por eventos no estado mancomunados com políticos, agentes públicos e empresários de artistas famosos desviavam recursos estaduais, por emenda parlamentar, para pagamento de cachê de shows. No papel a grana saía como forma de patrocínio de evento cultural, meio pelo qual maquiavam a liberação, mas eram eventos privados e com o claro objetivo de lucrar. Há casos em que o artista emitia nota fiscal de show por cento e vinte e cinco mil reais, no entanto quando se pesquisa no site oficial do contratado o show não ultrapassava aos setenta mil reais. Uma farra com os parcos recursos estaduais.

 

Investigação

As investigações iniciadas pelo MP em Ouro Preto estão em fase de conclusão, mas foi possíveis descobrir que o esquema era feito é vários municípios e com a participação de alguns políticos. Milhões saíram pelo ralo. A coluna verificou que um dos processos há tanta irregularidade que o ordenador de despesa sequer tentou arrumar os papeis. Vai sobrar pra muita gente.

 

Manobra

Quando o MP começou a requisitar a papelada com as liberações da grana os mentores do malfeito percebeu que o esquema estava sendo desvendado e nem por isto ficaram intimidados. Os primeiros processos com as liberações financeiras eram montados no âmbito da Secel, quando descoberto, desviaram a manobra para outras secretarias, a exemplo da Seagri. Na investigação resta comprovado que, além dos show, a grana irrigava as contas de uma única empresa que alugava palco, iluminação, translado, entre outros serviços. Ao arrepio da legislação vigente.

 

Recomendação

Ao descobrir a tramoia o MP foi obrigado a emitir uma recomendação ao governo estadual, com cópia a Confúcio Moura, para que nenhuma emenda parlamentar destinada aos shows, eventos esportivos ou entidades ‘pilantrópicas’ seja liberada. A recomendação atingiu também os eventos culturais decentes que fazem parte do calendário cultural de Rondônia e não estão ligados aos malfeitos acima descritos. Como a lei é para todos, não restou ao MP alternativa e baixá-la para evitar a sangria ao erário.

 

Pachorra

Embora o MP tenha conseguido impedir que novas emendas parlamentares fossem liberadas e processos fajutos montados, os responsáveis pela área cultural podem ficar em maus lençóis e serem compelidas a responder pelas condutas eventualmente irregulares praticadas. Para se ter uma ideia da pachorra que o grupo praticava, um parlamentar carimbou suas digitais numa emenda de cento e vinte mil reais para um evento em Vilhena de mister e misse da terceira idade. Não é piada não, essa dinheirama era destinado para um evento dessa natureza. Não foi liberado porque o Procurador Geral Heverton Aguiar foi rápido e conseguiu impedir.

 

Fortuna

O pagamento de um show do cantor Luan Santana, no interior rondoniense, destinaram cento e sessenta mil reais dos cofres públicos. Recursos oriundos de outra emenda de um parlamentar estadual. A festa era privada e ainda assim recebeu ajuda do erário.

 

Abandono

Enquanto o caixa estadual servia para quitar a conta da farra com os shows, milhares de desabrigados com as cheias estão abandonados pelo poder público e passando privações ao longo do baixo Madeira.  O governo destinou míseros mil reais para cada desabrigado retornar a seus lares destruídos pelas águas do madeira. Já os recursos destinados pela decretação de estado de calamidade para alimentação foram suspensos e o governo estadual reluta em assumir os gastos com as cestas básicas. Centenas de famílias estão passando privações e aquelas que sobrevivam com a agricultura famíliar estão abandonadonadas e sem assistência. Não podem sequer plantar seus roçados devido uma erosão que afetou o leito do madeira.  Grana pra shows e saciar a farra dos políticos.

 

Barulho

A coluna apurou também que outra operação policial poderá ocorrer para desvendar malfeitos em outros setores da administração pública. Convênios e empréstimos destinados à melhoria da qualidade de vida da população estão na mira dos investigadores. O barulho vai ser enorme. Quem viver verá.

 

Limpeza

Muito deputado estadual que está na disputa para a renovação do mandato vai ser surpreendido durante a campanha que sagrará até definhar. O eleitor terá uma oportunidade de avaliar com cautela os fatos e fazer a assepsia que muitos almejam.

 

Tosco

O prefeito da capital Mauro Nazif fez um périplo pela mídia eletrônica nos últimos dois dias para rasgar elogios à própria administração. Das duas uma: ou este cabeça chata é jumento, tosco, obtuso e cego ao criticar injustamente a administração de Nazif, ou Mauro perdeu o juízo.

 

Gênios

Dr. Mauro aproveitou as entrevistas para defender a nomeação na equipe de auxiliares o irmão e o cunhado. Sobre Gilson Nazif disse: é um grande engenheiro, competente e que fez um revolucionário trabalho na Semob durante a administração de José Guedes. Esqueceu de lembrar que Guedes nunca mais conseguiu se eleger a um cargo desde aquela administração.

 

Mudança

O ex-deputado estadual Miguel Sena é o novo controlador do jornal Estadão do Norte. Ontem ele reuniu a redação e começou a dar as novas diretrizes editoriais. O Estadão vinha passando por problemas financeiros e ficou um dia sem condições de rodar. Com a revigoração no caixa não vai mais haver problema no prelo. É possível que esta seja a última coluna republicada no jornal. Boa sorte a novo empresário da comunicação escrita.

Resenha política

Robson Oliveira

 

Emendas

Nos bastidores da política local é fácil ouvir relatos escabrosos em relação à utilização irregular da emendas parlamentares. Meses atrás o Ministério Público Estadual desvendou no município de Ouro Preto do Oeste o fio condutor dos malfeitos com os recursos estaduais oriundos de emendas previamente combinadas com parlamentares. Ao aprofundar as investigações o MP descobriu que a farra das emendas era muito maior do que se imaginava e com as digitais dos respectivos subscritores da verba.

 

Farra

Muitos dos responsáveis por eventos no estado mancomunados com políticos, agentes públicos e empresários de artistas famosos desviavam recursos estaduais, por emenda parlamentar, para pagamento de cachê de shows. No papel a grana saía como forma de patrocínio de evento cultural, meio pelo qual maquiavam a liberação, mas eram eventos privados e com o claro objetivo de lucrar. Há casos em que o artista emitia nota fiscal de show por cento e vinte e cinco mil reais, no entanto quando se pesquisa no site oficial do contratado o show não ultrapassava aos setenta mil reais. Uma farra com os parcos recursos estaduais.

 

Investigação

As investigações iniciadas pelo MP em Ouro Preto estão em fase de conclusão, mas foi possíveis descobrir que o esquema era feito é vários municípios e com a participação de alguns políticos. Milhões saíram pelo ralo. A coluna verificou que um dos processos há tanta irregularidade que o ordenador de despesa sequer tentou arrumar os papeis. Vai sobrar pra muita gente.

 

Manobra

Quando o MP começou a requisitar a papelada com as liberações da grana os mentores do malfeito percebeu que o esquema estava sendo desvendado e nem por isto ficaram intimidados. Os primeiros processos com as liberações financeiras eram montados no âmbito da Secel, quando descoberto, desviaram a manobra para outras secretarias, a exemplo da Seagri. Na investigação resta comprovado que, além dos show, a grana irrigava as contas de uma única empresa que alugava palco, iluminação, translado, entre outros serviços. Ao arrepio da legislação vigente.

 

Recomendação

Ao descobrir a tramoia o MP foi obrigado a emitir uma recomendação ao governo estadual, com cópia a Confúcio Moura, para que nenhuma emenda parlamentar destinada aos shows, eventos esportivos ou entidades ‘pilantrópicas’ seja liberada. A recomendação atingiu também os eventos culturais decentes que fazem parte do calendário cultural de Rondônia e não estão ligados aos malfeitos acima descritos. Como a lei é para todos, não restou ao MP alternativa e baixá-la para evitar a sangria ao erário.

 

Pachorra

Embora o MP tenha conseguido impedir que novas emendas parlamentares fossem liberadas e processos fajutos montados, os responsáveis pela área cultural podem ficar em maus lençóis e serem compelidas a responder pelas condutas eventualmente irregulares praticadas. Para se ter uma ideia da pachorra que o grupo praticava, um parlamentar carimbou suas digitais numa emenda de cento e vinte mil reais para um evento em Vilhena de mister e misse da terceira idade. Não é piada não, essa dinheirama era destinado para um evento dessa natureza. Não foi liberado porque o Procurador Geral Heverton Aguiar foi rápido e conseguiu impedir.

 

Fortuna

O pagamento de um show do cantor Luan Santana, no interior rondoniense, destinaram cento e sessenta mil reais dos cofres públicos. Recursos oriundos de outra emenda de um parlamentar estadual. A festa era privada e ainda assim recebeu ajuda do erário.

 

Abandono

Enquanto o caixa estadual servia para quitar a conta da farra com os shows, milhares de desabrigados com as cheias estão abandonados pelo poder público e passando privações ao longo do baixo Madeira.  O governo destinou míseros mil reais para cada desabrigado retornar a seus lares destruídos pelas águas do madeira. Já os recursos destinados pela decretação de estado de calamidade para alimentação foram suspensos e o governo estadual reluta em assumir os gastos com as cestas básicas. Centenas de famílias estão passando privações e aquelas que sobrevivam com a agricultura famíliar estão abandonadonadas e sem assistência. Não podem sequer plantar seus roçados devido uma erosão que afetou o leito do madeira.  Grana pra shows e saciar a farra dos políticos.

 

Barulho

A coluna apurou também que outra operação policial poderá ocorrer para desvendar malfeitos em outros setores da administração pública. Convênios e empréstimos destinados à melhoria da qualidade de vida da população estão na mira dos investigadores. O barulho vai ser enorme. Quem viver verá.

 

Limpeza

Muito deputado estadual que está na disputa para a renovação do mandato vai ser surpreendido durante a campanha que sagrará até definhar. O eleitor terá uma oportunidade de avaliar com cautela os fatos e fazer a assepsia que muitos almejam.

 

Tosco

O prefeito da capital Mauro Nazif fez um périplo pela mídia eletrônica nos últimos dois dias para rasgar elogios à própria administração. Das duas uma: ou este cabeça chata é jumento, tosco, obtuso e cego ao criticar injustamente a administração de Nazif, ou Mauro perdeu o juízo.

 

Gênios

Dr. Mauro aproveitou as entrevistas para defender a nomeação na equipe de auxiliares o irmão e o cunhado. Sobre Gilson Nazif disse: é um grande engenheiro, competente e que fez um revolucionário trabalho na Semob durante a administração de José Guedes. Esqueceu de lembrar que Guedes nunca mais conseguiu se eleger a um cargo desde aquela administração.

 

Mudança

O ex-deputado estadual Miguel Sena é o novo controlador do jornal Estadão do Norte. Ontem ele reuniu a redação e começou a dar as novas diretrizes editoriais. O Estadão vinha passando por problemas financeiros e ficou um dia sem condições de rodar. Com a revigoração no caixa não vai mais haver problema no prelo. É possível que esta seja a última coluna republicada no jornal. Boa sorte a novo empresário da comunicação escrita.

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