Jesus : A Palavra de Deus
Enviado por alexandre em 13/11/2013 00:55:36

Gostaria de considerar de como é que os homens de Deus escreveram os Cânones da Bíblia e também chamar a atenção para o facto de que nem todas as traduções da Bíblia correspondem à veracidade dos textos originais o que tem contribuido para erros de exegese.

Destacarei que os primeiros cinco livros da Bíblia, Torá ou Pentateuco, são os mais importantes de toda a Antiga Aliança. Também os quatro Evangelhos são a revelação de todo o cristianismo.

A Torá foi comunicada oralmente de geração após geração e foi escrita, provavelmente durante o exílio na Babilónia.

Dos quatro Evangelhos que constam da Nova Aliança, os primeiros três chamados de sinópticos, têm divergências consideráveis e o de João não discorre os factos e apresenta algumas inserções como é o  caso dos capítulos 15, 16 e 17.

Sabemos que os evangelistas a quem são atribuídos os Evangelhos, narraram os acontecimentos das palavras e dos atos do Cristo, segundo o que ouviram e viram. Seria um erro grosseiro admitir que Mateus, Marcos e João iam tirando apontamentos como qualquer um escritor ou jornalista prepara as suas reportagens.

Consideremos o que no Evangelho de Lucas está escrito: “Tendo pois muitos empreendido pôr em ordem a narração dos factos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da  palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado, Lc 1:1-4“.

A cristandade atribui a toda a Palavra escrita na Bíblia uma verdade absoluta  e isto por obra do Espírito Santo.

Este é um grande tabú e para que não haja a possibilidade de uma crítica aos textos sagrados, é atribuído o  dogma da fé.

Antes pelo contrário, é preciso admitir divergências dos factos pois são o resultado de provas orais que foram testemunhadas e como é o caso da aparição do Cristo após a Sua ressurreição.

O leitor encontrará fácilmente nos Evangelhos que as aparições do Cristo divergem de evangelista para evangelista. Paulo procuro resolver esta situação afirmando que foi Pedro o primeiro a presenciar o Cristo ressurrecto, Carta aos Coríntios.

As provas orais correm sempre o risco das discrepâncias e até mesmo as Escrituras só admitem quando houver mais que uma testemunha a confirmar os factos.

Encontramos, nas Escrituras, porém que a revelação foi mandada escrever como é, por exemplo, o Livro do Apocalipse e do profeta Daniel, Dn 12:4.

A Bíblia não é um livro histórico e nem científico. É a palavra da fé que se revela inequívocamente a todo aquele que busca o Senhor de todo o coração, porque só a este Deus se mostra, Mt 5:8.

Poderá parecer ao leitor que estou a desacreditar a Bíblia, mas, pelo contrário, ela é um livro selado e que só o autor, o Leão da Tribo de Judá é digno de revelar, Ap 5:5.

Nos púlpitos de muitas igrejas é costume ouvirem-se pregações e estudos  baseados em resultados de pesquisa. Por exemplo: Uma pessoa quer pregar sobre amor e então começa a  agrupar certos textos da Bíblia que falam de amor e acaba por fazer uma composição sobre o amor. Poderá parecer que falou o que está escrito na Bíblia mas talvez nunca tenha tido a experiência do amor. Este problema foi uma  das maiores preocupações no início da cristandade e que se chamou de gnose. O conhecimento da Palavra escrita não passa de letra que mata pois só o Espírito é que vivifica e disto depende ouvir um teórico a um homem comprometido com Deus.

Finalmente é de lamentar subtítulos que as sociedades bíblicas têm por hábito escrever para despertar a atenção. Nelas encontramos erros grosseiros como é por exemplo chamar os magos de reis magos e também Estêvão de diácono.

Muitas traduções da Bíblia têm textos mutilados como é o caso de Romanos 8:1, por exemplo. Outros versos foram inventados como é o caso de I João 5:7.

Graças a Deus que o Espírito Santo nos foi enviado para nos ensinar todas as coisas e firmar-nos em toda a verdade, Jo 14.

Amilcar

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Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse". Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.

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