Urgente : Ficha suja impede que caciques disputem as próximas eleições e abre espaço para novas lideranças
Enviado por alexandre em 03/10/2013 10:07:24

Porto Velho, Rondônia – Se antes as eleições começavam a ser decididas na formação das alianças, nas convenções partidárias, agora elas já tem um esboço tratado bem cedo, com a efetivação da lei do ficha suja.

Os tribunais não irão dar moleza aos candidatos que teimarem em registrar a candidatura. Teve a ficha suja, é roça.

Nesse cenário, o senador Ivo Cassol (PP) e o ex-senador cassado Expedito Junior (PSDB), antes aliados e agora inimigos, simbolizam bem o que a ficha suja representa para a carreira deles: o ostracismo. Cassol foi condenado há 4 anos e 8 meses de prisão, em regime semiaberto e pode ser defenestrado do Senado.

Mas, mesmo de fora da disputa, os dois ainda dão as cartas na política. Cassol até trabalhou com alternativas ao seu nome: a sua esposa, Ivone Cassol, e a sua irmã, Jacqueline Cassol.

Embora fora do mandato desde 2009, após ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por compra de votos nas eleições de 2006, Expedito tem densidade eleitoral, carisma e faz uma peregrinação constante aos municípios do interior.

Outro cacique fora da disputa é o deputado federal Moreira Mendes, que comanda o PSD no Estado. Ele foi condenado no chamado escândalo das passagens aéreas na Assembleia Legislativa e não deve entrar na disputa. Para isso, ele estaria escalando o seu filho, Guilherme Erse, como seu substituto.

A lista segue com nomes como o do deputado estadual Kaká Mendonça (PTB), que teve contra si duras condenações e corre o sério risco de se juntar, a qualquer momento, aos seus pares Marcos Donadon e Valter Araújo, lá no Pandinha. Donadon e Araújo, inclusive, são outras duas lideranças de fora das disputas eleitorais.

Até as eleições, mais nomes podem ser enquadrados na ficha suja. É o caso do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT). Ele saiu chamuscado da prefeitura, chegando a ser afastado e depois preso. Mas, não foi condenado, ainda, por um colegiado e poderia disputar normalmente as eleições.

Com esses e outros caciques fora da peleja, surgem novos nomes na política, disputando espaços de poder. Entre eles, o do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho (PSD), do deputado federal Padre Ton (PT), do professor Aluízio Vidal (PSOL) e de Mario Português (PMDB).

Regras da ficha suja

Pela regra atual, ficam inelegíveis por oito anos aqueles que tiverem contas rejeitadas por Tribunal de Contas, que são órgãos auxiliares do Poder Legislativo. Além disso, a Lei da Ficha Limpa também torna inelegível o candidato condenado por órgão colegiado da Justiça pela prática de crimes como abuso de autoridade, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, formação de quadrilha, crimes contra a economia popular, etc.

 

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