Cerca de 71% dos entrevistados da pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) pelo Datafolha afirmam que a legislação sobre o aborto deve ficar como está, contra 11% que defendem a ampliação das hipóteses em que a prática é permitida e 7% que apoiam a descriminalização. Para o diretor-geral do instituto, Mauro Paulino, a rejeição recorde pode ser resultado da ampla exposição que o tema teve nas últimas semanas. O assunto ganhou espaço na mídia e na pauta dos presidenciáveis no final do primeiro turno, impulsionados pela movimentação de igrejas evangélicas e segmentos católicos que pregavam voto contra a candidata petista, Dilma Rousseff, por já ter defendido a prática. O Código Penal brasileiro classifica o ato como crime contra a vida, e a pena prevista para a mulher que o provocar ou permitir em si mesma vai de um a três anos de detenção. Ele não é considerado crime se não houver outro meio de salvar a vida da gestante e se a gravidez é resultado de estupro. Em 2008, 68% dos pesquisados disseram ser contra a mudança na legislação. Informações da Folha Online.