Política : Ponto de vista
Enviado por alexandre em 04/09/2010 22:25:59



Pesquisas até que ponto é confiável?


Se tem uma coisa que perdeu credibilidade em Rondônia é a tal pesquisa de opinião pública para auferir as intenções de votos para governador, senador e deputados: estadual e federal e tudo com a calamitosa conivência de parte da imprensa.

Tivemos a poucos dias atrás a divulgação por parte do IBOPE para corrida rumo ao Palácio Getulio Vargas, sede do Poder Executivo Estadual e como num passe de mágica o atual governador aparece em primeiro lugar, não que o Senhor João Cahulla (PPS) não tenha seus méritos, mas é difícil acreditar em um governo que não decolou e por cima não deu continuidade ao que o então governador Ivo Cassol (PP) vinha fazendo há mais de sete anos.

Então a batida caminha assim os assessores e bajuladores de João Cahulla dizem que o Ibope é o instituto melhor do mundo e os de Expedito Júnior (PSDB) e Confúcio Moura (PMDB) afirmam que pior não existe. Ou seja, parte da imprensa não informa, apenas opina de acordo com suas conveniências.

Creio na minha modesta opinião que o IBOPE só tem razão quando o assunto é as duas vagas para o senado federal que atualmente ficou estabilizada com o ex-governador Ivo Cassol a frente nas intenções de votos e em segundo lugar o senador e candidato a reeleição Valdir Raupp (PMDB). De um lado o trabalho de Cassol como governador com seu estilo populista ganhou a simpatia de muita gente, mas também a rejeição de muitos, do outro lado tem o lado carismático de fazer política do senador Raupp que é um ótimo articulador político e sabe como ninguém jogar com que tem nas mãos e nos pés para ganhar uma peleja, daí posso até errar, mas as duas vagas têm donos sim, ou seja, Cassol e Raupp.

De fato, os institutos de pesquisa, e particularmente o Ibope, têm precedentes de falhas em pesquisas eleitorais (não só em Rondônia, mas em todo país). Em Goiás, em 1988, o Instituto Jaime Câmara, proprietário da afiliada da Rede Globo, passou as eleições divulgando uma pesquisa congelada e mentirosa no intuito de favorecer Marconi Perillo, fato confessado por Montenegro (dono do Ibope) no programa “Roda viva”, da TV Cultura. Em 1982, não fosse à coragem de Leonel Brizola, a Rede Globo e o Ibope teriam conseguido manipular as eleições para governador do Rio de Janeiro, quando, na ocasião, divulgavam Brizola fora do páreo nas pesquisas. Foram desmascarados pelas urnas.

O certo é que os institutos de pesquisa em geral não me inspiram confiança quando da divulgação de pesquisas de cunho eleitoral. Quem me acompanha nesta página já deve ter percebido que sou fã do presidente Lula e considero seu governo um dos melhores da história – para o desespero da elite paulistana e de outras localidades que não se conforma que um “retirante da seca” tenha mudado o país para melhor.

Todavia, recuso-me a acreditar que o nosso presidente tenha o dom do rei Midas de transformar tudo em ouro, ao ponto de alavancar candidaturas à re-eleição de governantes bisonhos, como também não acredito que o mesmo esteja com 80% redondos de aceitação popular, nem que Dilma esteja com 90% das intenções de votos. Até porque, se for verdade, nessa batida de bombo, ou o dia da eleição chega logo, ou daqui a pouco a dupla passa a concorrer com Jesus Cristo.

No plano de pesquisas feitas para deputados: estadual e federal é uma piada e o cidadão não pode levar a sério os números, já que o Estado de Rondônia tem uma extensão territorial grande e com regiões que tem suas particularidades. Daí afirmar que o fulano é o primeiro é temeroso e picaretagem de quem faz e quem paga as pesquisas que são como salsichas, é melhor não saber como são feitas de tão nojenta e sem credibilidade que só serve para engordar a conta bancaria de muitos picaretas.

O pior de tudo isso que tem certos políticos de mandato que paga por estas pesquisas e depois fica distribuindo como se fosse verdadeira, para meia dúzia de “puxa saco” os números não metem, mas para a grande maioria é motivo de piada. O duro é que muitas das vezes o “moribundo” do político surrupia o erário público para pagar seus devaneios, devemos nós eleitores ficar atento e dizer um “Não” para estas picaretagens.


Alexandre Araujo jornalista DRT/RO 699

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