Justiça em Foco : Juiz acusado de vender sentença a Cachoeira não será indenizado por danos morais
Enviado por alexandre em 08/01/2013 22:43:24

Juiz acusado de vender sentença a Cachoeira não será indenizado por danos morais
Juiz queria ser indenizado pelo procurador Saulo de Castro Bezerra
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que condenou o Estado de Goiás e o procurador estadual Saulo de Castro Bezerra a indenizar por danos morais um juiz local, por tê-lo ofendido em uma entrevista em 2005. O magistrado era investigado por vender, supostamente, sentenças em favor de Carlinhos Cachoeira, em uma ação civil pública relacionada à proibição da exploração de bingo e jogo caça-níquel.

Para a Segunda Turma do STJ, o procurador apenas se limitou a apontar os fatos investigados e que a pessoa pública tem o dever de prestar contas à sociedade. O ministro Castro Meira afirmou que a concessão de entrevista por um membro do “Ministério Público relatando a existência de acusações contra magistrado supostamente envolvido em esquema de venda de sentenças e informando a população acerca das providências a serem tomadas não configura ato ilícito capaz de ensejar indenização por danos morais”.

O juiz ingressou com um pedido de indenização na Justiça por danos morais e materiais. Em primeira instância, o procurador e o Estado de Goiás foram condenados a pagar R$ 300 mil de indenização por ofensa a honra do magistrado. Em segunda instância, valor foi reduzido para R$ 180 mil. A decisão foi fundamentada de que a entrevista teria extrapolado o mero caráter informativo dos fatos à população.

O procurador havia declarado que existia uma fita que anunciava a venda de sentenças e disse que era importante averiguar se o padrão de vida dessas pessoas é compatível com a remuneração dos cargos públicos. O ministro Castro Meira afirmou que o procurador teve o cuidado de colocar o magistrado como suspeito. “Não se pode culpar o Ministério Público do Estado de Goiás pela repercussão natural que a gravidade do fato encontrou nos meios de comunicação”, disse o ministro.

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