Para falar da importância da mata ciliar, primeiro é preciso esclarecer o que é mata ciliar.

Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos corpos d’água.A mata ciliar também é conhecida como mata de várzea, mata de galeria ou floresta ripária.

Segundo o código Florestal Federal, as áreas que abrangem as matas ciliares são de preservação permanentes, chamadas de APP,tendo estas diversas funções ambientais , devendo possuir uma extensão específica a ser preservada de acordo com a largura do lago, rio represa ou nascente, por exemplo um lago com até 10 metros de largura, deve-se preservar no mínimo 30 metros de cada lado.

A ausência da mata ciliar provoca a escassez da água, fazendo com que a água da chuva escoe sobre a superfície, diminuindo a infiltração, e conseqüentemente diminuindo o armazenamento no lençol freático. Com isso, reduz-se o volume de água disponível no subsolo e acarreta enchentes nos rios e córregos durante as chuvas.

A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens, leva para dentro dos rios, terra, pedras, madeiras, poluentes e etc, trazendo prejuizos ecológicos, inclusive referente ao tratamento de água para abastecimento, entupindo tubulações de captação, podendo mudar o curso do corpo d’água.
Se não houver a proteção das matas ciliares, não haverá água para os rios que irão secar.

Ao proprietário rural cabe o direito de defender seu potencial hídrico e o dever de preservar suas nascentes e as vegetações que as protegem. A proteção das vegetações ribeirinhas é vital para a manutenção das águas.

Atualmente, é mais evidente o mau uso dos recursos naturais pelo homem moderno, onde as necessidades são ilimitadas, enquanto os recursos estão cada vez mais escassos.

Toda essa realidade deve ser repensada, e medidas devem ser tomadas para a defesa e manutenção da água, das nascentes e dos mananciais.

Estas fotos aqui mostradas são reais, este córrego corta parte da reserva Ambiental do Parque Chico Mendes, abastece os moradores locais e também os animais que habitam o parque, e como se vê no período de estiagem os animais passam sede, e quando invadem as propriedades em busca de água, muitas vezes são abatidos. Provavelmente as futuras gerações não terão água neste local. Falta educação e fiscalização.

Onofro Mariano da Silva

Bacharel em Direito e policial civil aposentado