Política : Otário
Enviado por alexandre em 16/08/2010 17:45:09



Se o eleitor não ficar atento corre o risco de virar otário

Disputar e ganhar uma eleição dentro das regras estalecidas, obedecendo os parâmetros contidos na legislação, bem como convencer e conquistar o eleitorado com propostas que beneficiem, indistintamente o cidadão, deve ser o caminho mais correto para se chegar ao poder.

Agora, querer se perpetuar às custas da máquina pública, não passa de um ato desonesto que não contribui de forma alguma para o aprimoramento da democracia de um povo.

Ganhar voto, às vésperas de uma eleição, com o loteamento da máquina e concessões de todo tipo de benesses, não passa de um desatino que só trás prejuízos insolúveis à população que sempre fica responsável pelo pagamento dessa conta.

O dinheiro gasto em uma campanha milionária nunca sai do bolso do candidato. Se o cidadão tiver a curiosidade em saber quem são os verdadeiros patrocinadores, basta dar uma olhada nas prestações de contas e identificar quem são os patrocinadores desses candidatos.

É público é notório que em todas as eleições sempre quem aparece no topo dos financiadores são as construtoras, os fornecedores e os agentes financeiros, aqueles que não esperam sequer a posse do eleito, e já passam a dividir o seu quinhão nas faturas e nos empenhos do erário público.

Também tem o famoso caixa dois. Esse sim, funciona como uma poupança invisível que é acumulada sempre por aqueles que buscam a reeleição. Um exemplo: Como se justifica um candidado a deputado federal gastar de dez a quinze milhões de reais em uma eleição, quando se sabe, que durante os quatro anos de mandato, ele não ganha sequer 20% dessa dinheirama?

Algo de incomum existe e com bastante cheiro de maracutaia. E, diante dessa realidade, volto a repetir; quem sempre paga a conta é o pacato cidadão.

Veja um exemplo clássico de desonestidade política: Tá na Folha de São Paulo, que o Governo Lula quase triplicou o número de renovação ou novas autorizações para o funcionamento de rádio em todo o país. Foram 183 decreto em 2010, contra 68 no ano passado. E sabe que são os beneficiados? A maioria delas (57%) beneficia veículos ligados a políticos ou a igrejas.

Outro exemplo: Em meio ao bate-boca na campanha eleitoral sobre o aparelhamento da máquina pública, os dados mostram que o próximo presidente herdará uma estrutura inchada e com cerca de 21 mil cargos de confiança, os chamados DAS (cargos de Direção e Assessoramento Superior), preenchidos.

Este cargo é ocupado por indicação política. Segundo o Ministério do Planejamento, o governo Lula tem 21.358 DAS. Em 2002, último ano da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, eram 18.374 - uma diferença de quase 3 mil vagas.


Mais um: O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou superfaturamento e pagamento por serviços não executados no valor de R$ R$ 1.319.221,62 e outras ocorrências de irregularidades na obra do porto fluvial de Maués (AM), realizada com recursos do Convênio 240/2005, celebrado entre a Prefeitura do município e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão diretamente vinculado ao Ministério dos Transportes. O Acórdão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), do dia 11.

Enquanto isso: O Programa “Minha Casa, Minha Vida” tão decantado pelo Governo Federal, só concluiu 1,2% dos imóveis na faixa de até 3 mínimos. A Caixa Econômica Federal omite dados do programa Minha Casa, Minha Vida desfavoráveis ao governo Lula.

O banco federal alega não haver números consolidados sobre a conclusão de unidades habitacionais financiadas pelo programa, com detalhamento da sua execução por faixa de renda.

Mas os números existem e mostram que, no segmento no qual se concentra 90% do deficit habitacional do país, a conclusão dos imóveis não chega a 2%. Balanço referente ao dia 30 de junho deste ano obtido pela Folha revela que, para o grupo de renda de zero a três salários mínimos, apenas 1,2% das 240.569 unidades contratadas foi concluído. O número de unidades já entregues é ainda menor: 565, ou apenas 0,23%.

Os exemplos são incontáveis e cabe ao eleitor analisar com calma e concluir quem realmente tem caráter e vocação para servir, ou se fazer de trouxa, e acreditar em promessas mirabolantes que nunca são cumpridas.

Se não tiver cuidado corre o risco de virar otário!

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia