A Iata, associação internacional da aviação comercial, criticou na segunda-feira (19) a reação da Europa contra a nuvem de cinza vulcânica e pediu medidas urgentes para a reabertura do espaço aéreo do continente. A interdição causa um prejuízo diário de US$ 250 milhões (cerca de R$ 440 milhões) para as empresas, que desde quinta-feira passada, tiveram ao menos 63 mil voos cancelados, segundo dados do Eurocontrol, agência europeia para a segurança aérea. Giovanni Bisignani, da Iata, disse que as autoridades aéreas "perderam oportunidades de voar com segurança". Ele prevê que "em algumas semanas, essa será uma história muito embaraçosa", quando for feita uma análise da crise e de suas consequências. Ele afirmou que os governos não tentaram avaliar a quantidade de cinzas vulcânicas corrosivas na nuvem. Bisignani pediu que os governos e as autoridades da aviação civil permitam que as aeronaves operem em corredores específicos e implementem procedimentos especiais de pouso e decolagem. O comissário Siim Kallas disse ainda que a UE não pode comprometer a segurança dos passageiros durante a crise. "A estimativa da indústria é de que as consequências deste evento sem precedentes vão além do impacto do 11 de Setembro. As companhias aéreas não estão prontas hoje para enfrentar essas perdas", disse Kallas. Informações do Estadão e Folha.