Justiça : “Foi um tiro de canhão no peito”, diz Anderson Torres sobre prisão
Enviado por alexandre em 24/01/2023 10:06:04

Ex-ministro disse jamais ter questionado eleições e que os crimes imputados a ele são "coisas inimagináveis"

Ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres Foto: MJSP/Isaac Amorim

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres comparou sua prisão a um “tiro de canhão” no peito. A declaração foi dada por ele durante a audiência de custódia pela qual passou no dia 14 de janeiro após ser detido no Aeroporto de Brasília ao retornar dos Estados Unidos, onde estava com a família.

– A audiência de custódia não é o local de falar nada sobre isso, mas quero dizer que não tenho nada a ver com os fatos. Isso [a prisão] foi um tiro de canhão no meu peito – disse Torres.

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Em outro momento da audiência, Torres desabafou e disse que os crimes que são imputados a ele são “coisas inimagináveis” e que o momento “é muito difícil”.

– Estou num momento em que eu, realmente, vendo ali os tipos penais que estão sendo imputados a mim, são coisas inimagináveis para uma pessoa como eu, então é muito difícil (…). Desculpe o desabafo, mas sendo acusado de terrorismo, golpe de Estado?! Pelo amor de Deus, o que está acontecendo? – indagou.

O ex-ministro também disse que nunca questionou o resultado das eleições e ressaltou que a pasta que era dirigida por ele foi, inclusive, a primeira a entregar os relatórios de transição.

– O Ministério de Justiça e Segurança Pública foi o primeiro ministério a entregar os relatórios da transição. Eu jamais questionei resultado de eleição, não tem uma manifestação minha nesse sentido, eu fui o primeiro ministro a entregar os relatórios – concluiu.

A prisão preventiva de Torres foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos em Brasília. Na ocasião, quando também ordenou a prisão do ex-comandante da PM do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira, o magistrado alegou que o comportamento dos dois colocava em risco a segurança de autoridades.

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